NOSSAS IRMÃS ASSASSINADAS...
- SubjetiVamos DA Psicologia
- 14 de mai. de 2020
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Fizemos alguns recortes do artigo "Em Nome da Memória", criado por Maria Auxiliadora Almeida Cunha Arantes, do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo.
Ainda sobre o artigo: "Sobre o desaparecimento precoce dessas jovens militantes da resistência, retomo a palavra de Edgard Godoy da Mata Machado sobre seu filho, José Carlos Godoy da Mata Machado, assassinado pela ditadura aos 28 anos de idade: “Tendo vivido pouco, cumpriu a tarefa de uma longa existência” (Arantes, 2008, p.75) Marilena, Iara, Aurora e Pauline foram torturadas antes de serem mortas, embora os órgãos da repressão tenham noticiado suas mortes como suicídio, morte em tiroteio na rua e morte em enfrentamento armado, na tentativa de proteger os verdadeiros algozes que as levaram à morte lenta e crudelíssima.
Suas mortes e as evidências dos laudos necroscópicos acessados provam que a tortura foi uma prática sistemática na eliminação dos opositores da ditadura no Brasil. A tortura autorizada pelos ditadores, executada sob suas ordens e sob seus auspícios, foi exercida como um ato de maldade extrema, revelando, no excesso, a pior face do humano.
Essas histórias, entre tantas, que envolveram tortura, ocultamento e obstrução de provas e ocultamento dos corpos, certamente estão em arquivos que devem ser abertos, disponibilizados e acessados por todos os que exigem o reassentamento da verdade, para que nunca mais esses fatos possam ser repetidos: para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça.
O julgamento e a responsabilização dos que praticaram a tortura, dos que mandaram praticar e dos que souberam que era praticada é uma exigência ética, cidadã, ancorada em determinações internacionais."
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